Operação está sendo realizada em 10 estados e no DF.
Segundo PF, fraude chegaria a R$ 400 milhões.
A Polícia Federal em conjunto com o Ministério
Público Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal deflagrou, na
manhã desta segunda-feira (9), a operação "Esopo", de combate ao
desvio de recursos públicos a partir de processos licitatórios. Segundo a PF, o
esquema criminoso atuava por meio de uma Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (Oscip), constituída por empresas, pessoas físicas, agentes
públicos, prefeituras, Governos Estaduais e ministérios do Governo
Federal. Em cinco anos, o prejuízo seria de R$ 400 milhões, em 10 estados
e no Distrito Federal.
Em Minas Gerais, os focos são as prefeituras de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, Coração de Jesus, Januária, São Francisco, São João da
Ponte e Taiobeiras, no Norte de Minas, e Três
Corações, Sul de Minas. São alvos também um Instituto do Governo de Minas
Gerais, um ministério do Governo Federal e a Federação das Indústrias
do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Estão sendo cumpridos mandados de busca e
apreensão e de prisão. Primeiras informações são de que os ex-prefeitos de
Januária e São João da Ponte, Maurílio Arruda e
Fábio Madeira, já estariam detidos na sede da PF.
A operação consiste no cumprimento de 101 mandados
judiciais, sendo 44 de busca e apreensão, 20 de sequestro de valores, bens
móveis e imóveis, 25 de prisão temporária e 12 mandados de condução coercitiva.
De acordo com a investigação, a organização
criminosa fraudava licitações e direcionava a contratação dos serviços à Oscip.
A PF aponta que, após firmado o contrato, os serviços eram superfaturados ou
não eram executados. O dinheiro da fraude era repassado às empresas que
participavam do esquema, com retorno desses valores para os agentes públicos
envolvidos.
Os envolvidos podem responder por formação de
quadrilha, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e lavagem de
dinheiro, entre outros crimes. As penas máximas podem chegar a 30 anos.
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