Falar em rito célere para uma
reapreciação da ação penal que tramita no STF há quase uma década só pode ser
piada. A aceitação dos embargos infringentes não é um fim em si mesmo. Na
verdade, é apenas o pretexto necessário para a ação não andar e levar a prescrição
do maior número possível de crimes.
Caso vote favoravelmente, o decano
dará o instrumento para o rodopio sem fim. É isso que os glutões do dinheiro
público esperam e é isso que, infelizmente, o ministro parece que já se propôs
a fazer.
Fala-se que o ministro vive um drama.
Não existe drama nenhum e a diferença entre os defensores abertos dos
condenados e quem se fez de duro no decorrer do julgamento e que na quarta
feira dará o instrumento mais desejado pelos condenados, será somente o momento
em que cada qual se “despiu”.
Afinal, quem conhece os meandros do
tribunal deveria saber muito bem que muitas condenações não obteriam largas
margens de votos e a defesa intransigente dos infringentes numa fase preliminar
do julgamento, sabe-se, agora, não foram à toa.
Não acredito em acaso e olhando
retrospectivamente para o que se deu no fatídico 02 de agosto mais fico
convencido que ali foi inoculado o veneno.
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