segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Leilão de energia renovável: eólica é o principal atrativo

O governo federal realiza o primeiro leilão com participação exclusiva de fontes renováveis e que marca a estreia da energia solar na disputa. É a energia dos ventos – a eólica - no entanto, que reina entre as fontes participantes. 

Um total de 429 projetos foi habilitado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, para o leilão de energia A-3, com o objetivo de garantir o abastecimento do mercado consumidor nacional em 2016. A capacidade instalada alcança 10.460 megawatts (MW). 

A fonte eólica responde por 381 empreendimentos, totalizando 9.191 MW. O Rio Grande do Norte terá 71 usinas eólicas - com capacidade instalada de 1.686 MW - na disputa. O estado também participa com dois projetos de energia solar, com capacidade somada de 45 MW. O RN é o terceiro estado com maior presença de projetos eólicos no leilão. Fica atrás do Rio Grande do Sul e da Bahia.

No caso das eólicas, 105 projetos estão localizados na Bahia e 110 no Rio Grande do Sul. O restante está no Ceará (51), no Maranhão (6), em Pernambuco (10), no Piauí (26) e em Santa Catarina (2). O preço máximo do leilão será de R$ 126 por megawatts-hora (MW/h), para todas as fontes participantes.

Estreia


O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, destacou que esse é o primeiro leilão com participação exclusiva de fontes renováveis, além de marcar a estreia da fonte solar nos pregões de comercialização de energia efetuados pelo governo.

Segundo Tolmasquim, embora a energia solar ainda não seja competitiva com as demais fontes, em termos de custo, “os projetos inscritos permitem que a EPE planeje a entrada da energia solar na matriz energética brasileira”. Trinta e uma centrais de geração fotovoltaica foram habilitadas para o leilão, somando capacidade de 813 MW.

A quantidade de projetos habilitados é bem menor, porém, que o total que estava inscrito para o leilão. Havia um total de 784 projetos, com capacidade de 19.413 MW. Esse total incluía 109 centrais de geração fotovoltaicas, com capacidade de 2.729 MW, além de 629 projetos eólicas, com capacidade de 15.042 MW. 

A EPE explica que apenas os projetos com documentos em ordem são habilitados para participar da disputa. Licenças ambientais e certificações de medições de vento, no caso das eólicas, além de comprovantes de medição de insolação, no caso dos projetos fotovoltaicos, estão na lista de documentos avaliados.

Os leilões são importantes, entre outros motivos, porque garantem mercado de longo prazo para os investidores do setor e ajudam a tirar os empreendimentos do papel, com forte geração de empregos na fase de construção. 

*Com informações da Agência Brasil.



Leilão de energia para 2016 contrata 867,6 MW através de 39 parques eólicos. RN não contratou nenhum projeto

Um total de 39 empreendimentos eólicos, somando capacidade instalada de 867,6 megawatts (MW), foi contratado no Leilão de Energia A-3/2013



SÃO PAULO, 18 Nov (Reuters) - O leilão de energia A-3 desta segunda-feira contratou 867,6 megawatts (MW) de 39 projetos de energia eólica, que irão entregar energia para o mercado consumidor a partir de 2016, numa competição em que só a fonte eólica vendeu energia e que durou menos de 30 minutos na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Os projetos, que devem demandar investimentos de 3,4 bilhões de reais segundo estimativas do governo, venderam energia a um preço médio de 124,43 reais por megawatt-hora, um deságio de 1,25 por cento frente ao preço máximo estabelecido no certame, de 126 reais por MWh.
O preço mais baixo de energia vendido no leilão foi de 118 reais por MWh, de um parque na Bahia. Já o mais alto foi de 126 reais por MWh, referente a três projetos no Rio Grande do Sul.
As usinas eólicas vencedoras no leilão estão localizadas no Ceará, Pernambuco, Piauí, Bahia e Rio Grande do Sul. Os parques contratados têm 380,2 MW médios de garantia física.
O leilão movimentou 7,25 bilhões de reais em contratos de energia, comprada por 28 distribuidoras. A Copel foi a empresa que contratou mais energia, ou 10,51 por cento do total de 58.293.900 megawatts-hora (MWh) contratados no leilão. A goiana Celg realizou a segunda maior contratação, de 9,63 por cento do total.
O leilão tinha 10.460 megawatts (MW) de projetos cadastrados, dos quais 9.191 MW eram de eólicas, 813 MW de solares, 190 MW de pequenas centrais hidrelétricas e 266 MW de térmicas a biomassa. Mas só as eólicas venderam energia, no produto por disponibilidade, por 20 anos.
O leilão era a estreia da fonte solar, que pela primeira vez foi autorizada a participar de um leilão de energia promovido pelo governo, mas agentes do próprio setor já acreditavam que a fonte não conseguiria ser competitiva para vender no leilão.
A energia eólica tem sido bastante competitiva e já tinha viabilizado 1.505 MW de projetos no leilão de energia de reserva, ocorrido em agosto.
Com os projetos contratados nesta segunda-feira, a fonte eólica eleva o número de novos projetos viabilizados em leilões públicos neste ano para cerca de 2,4 gigawatts (GW). A expectativa anual de contratação do segmento é de cerca de 2 GW por ano para manter a indústria de equipamentos eólicos no país.
(Por Anna Flavia Rochas)


Nenhum comentário:

Postar um comentário