segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Mata o velho! Aposentados que ganham acima do mínimo terão reajuste menor que a inflação


Os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganham acima do salário mínimo terão reajuste de 5,56% neste ano. O índice é a inflação de 2013 medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), divulgado na sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

O reajuste ficou abaixo do previsto pelo governo e aprovado no Orçamento Geral da União no ano passado, de 5,7%. Em 2013, o reajuste foi de 6,20%. Com o aumento, que vale desde 1º de janeiro, o teto, que é o valor máximo das aposentadorias e benefícios do INSS passa de R$ 4.159 para R$ 4.390,24. 

O índice de aumento será oficializado em uma portaria publicada pelos ministérios da Fazenda e da Previdência no "Diário Oficial da União". A Previdência informou que o reajuste será concedido a 9,5 milhões de benefícios acima do salário mínimo. 

O Ministério ainda não sabe quantos segurados passarão a receber o piso. O aumento custará R$ 8,7 bilhões ao governo. Para bancar a alta do salário mínimo, de R$ 724 desde o dia 1º, a Previdência gastará R$ 9,2 bilhões. O benefício é pago a 20,8 milhões de segurados.

Como diria FHC, assim não dá! assim não pode! O percentual de aumento para os aposentados que ganham mais que o mínimo será de 5,56%. Abaixo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e bem menor que o aumento do salário mínimo (6,78%). O índice oficial que mede a inflação no país (IPCA) em 2013, ficou em 5,91 %.

Para aplicar o aumento das aposentadorias com valor acima do mínimo, o Governo Federal utiliza INPC  (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta sexta-feira(10) o percentual de 5,56%. Isto é, os 9,2 milhões de aposentados do INSS que recebem mais que um salário mínimo (R$ 724,00 para este ano), não terão nem a reposição da inflação em seus benefícios. Mata o velho!

Outra vez este grupo que contribuiu durante uma vida inteira para ter uma aposentadoria digna, sofre defasagem em seu benefício, injustamente. A última vez que os aposentados que ganham mais que o mínimo tiveram aumento real foi em 2010 (7,7%), por pressão do Congresso Nacional. No ano passado, o aumento foi de 6,2%, apenas a reposição da inflação do ano anterior.

Sobre o IPCA, o ministro interino da Fazenda, Dyogo Henrique, disse  que o índice foi um pouco mais alto que o previsto por causa do aumento do preço da gasolina e que as passagens aéreas também contribuíram devido ao período de férias. O importante é que o índice ficou dentro das metas do Governo e que a inflação está sob controle, disse o ministro.

Vamos considerar os importantes avanços sociais da maioria da população e o esforço do Governo atual em promover a valorização do salário mínimo, sempre com aumentos acima da inflação. Sem dúvida são fatos reais e merecem louvor. 

Levemos em conta também, que o aumento do salário mínimo atinge 20,8 milhões de benefícios previdenciários e assistenciais e representa impacto líquido de 9,2 bilhões nos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). 

Já os 9,5 milhões de benefícios acima do piso vão gerar uma despesa de R$ 8,7 bilhões nas contas da Previdência, segundo o próprio Governo. Uma conta difícil de administrar, sem dúvida.

Porém, como explicar isso e convencer este grupo de pessoas, penalizadas na correção do seu benefício que perde o poder aquisitivo, sendo corroído ao longo de tempo. Certamente, a maioria gasta boa parte do valor da sua aposentadoria com medicamentos. Mesmo que alguns sejam fornecidos gratuitamente, outros nem sempre estão disponíveis e sobem bem acima da inflação. Tem alguma coisa errada. É preciso rever este processo, que no fundo não está sendo perfeitamente justo. Pois quem contribuiu quer e merece o retorno que lhe é de direito. Nada mais.


Fonte: Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário