O edital da obra, que será executada apenas com recursos da iniciativa privada – à exemplo do aeroporto Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante - ainda não tem data exata para ser lançado. Entre as interessadas em participar da construção estão as mineradoras Susa e Mhag, que produzem minério na região Seridó, e já chegaram a cogitar a possibilidade de construir portos próprios anos atrás. O nome das outras empresas não foi revelado.
Com vocação para escoar cargas pesadas, o terminal será construído em alto mar, a 17 quilômetros da costa do município de Porto do Mangue, onde uma falha geológica permitirá que navios mais robustos atraquem sem maiores dificuldades. Em função dessa falha, o calado do novo porto poderá ser até duas vezes mais profundo do que o do Porto de Natal. O porto também contará com uma retro-área maior. “Serão 60,5 hectares, o que equivaleria ao bairro da Ribeira inteiro ou até mais”, comparou Sílvio Torquato, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.
A expectativa é que o novo terminal movimente, inicialmente, até 2,5 milhões de toneladas de minério por ano. A ideia é ampliar a capacidade para 6 milhões de toneladas/ano. A previsão de funcionamento, segundo o governo, é 2019, mas investidores afirmam ser possível iniciar as operações em 2015.
A obra, que deverá ser executada em várias fases, está orçada em R$ 96 milhões. Montante que deverá aumentar, à medida que o novo porto for ampliado.
Empresas
José Fonseca de Oliveira, diretor da Susa, e Pio Sachi, diretor da Mhag, confirmaram que integrarão o consórcio. Mas ainda não decidiram quanto investirão na construção, caso vençam a licitação. “Nossa contribuição será modesta no início, mas podemos aumentar o valor investido com o tempo”, disse Fonseca. Pio, que suspendeu a produção de ferro para buscar a certificação de suas reservas de minério no RN, disse que a empresa ainda está definindo qual será a participação no projeto.
O projeto do novo porto foi elaborado pela Engevix, do mesmo grupo do consórcio que está construindo e que administrará o aeroporto Governador Aluízio Alves. O estudo de viabilidade foi entregue à Secretaria de Desenvolvimento Econômico há dez dias, mas ainda não foi analisado pela governadora. A expectativa é que isso ocorra hoje. A reportagem pediu, mas não teve acesso ao conteúdo.
TN
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