Países desenvolvidos como Bélgica,
Japão e Suíça, por exemplo, tratam a educação básica como prioridade. Nesses
lugares, professor para criança precisa ter alta qualificação, no mínimo
mestrado. Os governos compreendem que esse é o período mais importante do
desenvolvimento do ser humano, como explica a Pedagogia.
Há pesquisas que indicam que, até os
sete anos de idade, o ser humano vive as principais mudanças cerebrais. Isso
significa que é nesse período que se formam as principais características do
seu comportamento.
No Brasil, o Governo Federal tem se
preocupado com essas questões e implantado mecanismos de fiscalização, como a
Provinha Brasil. Também tem realizado importantes investimentos na estrutura
das escolas e confirmado o desenvolvimento dos estudantes a partir do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Sem falar no Bolsa Família e em
outros programas sociais.
No entanto, isso ainda não tem sido
suficiente para garantir o futuro adequado de nossas crianças. O motivo é
simples: a falta de interesse dos gestores municipais.
A educação em tempo integral é uma
saída há muito tempo utilizada nesses países citados acima e Mossoró tem sido
referência nessa questão. Pena que alguns municípios vizinhos não podem dizer o
mesmo. Informações dão conta que tem prefeito mantendo escola básica da zona
rural com estagiários e, o que é pior, pagando salário de R$ 300,00.
Dois problemas, a meu ver, graves que
deveriam ser corrigidos com urgência.
Já está mais que provado que sem educação
não há futuro, e um município que não trata esse tema com responsabilidade, não
apenas está emperrando o seu desenvolvimento, como promovendo a desconstrução
do Brasil. Uma criança sem educação é um problema nacional, independente de
qual município ele seja.
É justamente devido à ausência desse
cuidado que hoje se gasta milhões em bolsa isso, bolsa aquilo, promovendo
grandes discordâncias políticas e sociais. Há municípios em que a população
começa a se revoltar com essa situação e vem denunciando os casos através das
redes sociais. Essa é uma medida importante que precisa ser repetida em todas
as regiões onde sejam observadas incongruências dessa natureza.
Não há problema em ter um estagiário
ensinando, desde que ele tenha qualificação e trate com respeito seus alunos,
mas pagar a ele R$ 300,00 de salário é pedir que não se interesse. Sem falar
que é uma afronta às leis trabalhistas e um desrespeito ao ser humano.
Claro que quem aceita estar numa
condição dessas, certamente não tem opção, e isso dimensiona em muito a falta
de compromisso do gestor com a educação, bem como com o povo, que acreditou em
seu governo. Um verdadeiro fracasso. (Comentário: José de
Paiva Rebouças)
JORNAL DE FATO – CESAR
SANTOS
É isso que realmente
interessa aos gestores sem compromisso com a educação.
Meter o pau no Piso
Salarial e sorrateiramente contratar (explorar!) força de trabalho barata (ou
análogas à escravidão?), sem vínculos com a gestão, sem direitos básicos
assegurados.
Verdadeiras
sanguessugas do suor (contratados) e do futuro (alunos) alheios...
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