cenário econômico regional: o que vem por aí?

Passei a refletir com maior frequência sobre o cenário econômico de nossa região para os próximos meses.

Alguns aspectos que considero relevantes:

Os preços dos imóveis têm causado arrepios. Não penso numa bolha nacional, mas tenho ficado cada vez mais perplexo com os preços praticados em nossa região.

Algo está muito errado quando identificamos preços de imóveis em cidades pequenas como as da nossa região superiores aos imóveis de padrão razoável da capital do estado.

Aliás, em Natal é visível a quantidade de imóveis desocupados em prédios novos e tantas outras obras em  andamento. Em algum momento isso levará a problemas para as construtoras e para os trabalhadores do setor.

Outra observação.

A nossa inflação é seguramente maior que o índice nacional.

Ontem, em São Miguel, uma aluna do curso de contabilidade, procurou-me para relatar que tem observado que o seu poder de compra tem diminuído nos últimos meses.

Disse-me que recebe um salário mínimo e que não tem conseguido comprar os mesmos produtos de antes, inclusive produtos da cesta básica.

Outra constatação: os preços dos serviços também subiram significativamente.

Já ouvi inúmeros relatos semelhantes.

Mais uma questão.

O endividamento das famílias também vem crescendo e preocupando, principalmente, os comerciantes.

A expansão, facilitada, do crédito elevou significativamente o endividamento das famílias. O empréstimo consignado é uma epidemia entre aposentados e servidores. A ‘fome’ do carnê também.

Os sonhos da casa própria, veículo novo, eletrodomésticos foram realizados com prestações a perder de vista e, agora, muitos comerciantes já perceberam quedas nas vendas.

A nota lamentável e cada vez mais evidente, embora ignorada, é a algazarra dos ‘agiotas’. Nunca se ganhou tanto com a espoliação dos pobres e os relatos são cada vez mais dramáticos.

Para concluir.

Setor de construção civil com problemas aparentes, inflação, endividamento familiar e, ainda enfrentamos uma seca danada. 

Acrescente-se um cenário econômico nacional conturbado.

É preocupante? Ou estou pessimista demais?