segunda-feira, 7 de setembro de 2015

MORTALIDADE DAS EMPRESAS: APÓS QUATRO ANOS 52,5% 'MORREM'

Em 2013, 47,5% das empresas que haviam nascido em 2009 ainda estavam ativas no mercado, ou seja, quatro anos após o nascimento, mais da metade (52,5%) das empresas não sobreviveu. A taxa de saída (relação entre o número de saída de empresas e o total) recuou 2,8 pontos percentuais em relação a 2012, passando de 17,4% para 14,6%. 
No ano, 695,7 mil empresas saíram do mercado. Por outro lado, a taxa de entrada das empresas no mercado (relação entre o número de entrada de empresas e o total), em 2013, foi de 18,3%, revelando um impacto significativo das entradas no estoque de empresas (871,7 mil empresas a mais). A taxa de sobrevivência (relação entre o número de empresas sobreviventes e o total) foi de 81,7% (3,9 milhões). Com isso, na comparação com 2012, houve um crescimento de 3,8% (176,2 mil) no total de empresas ativas no Brasil. 
O total de ocupações assalariadas cresceu 3,3% (1,1 milhão) de 2012 para 2013, e as empresas que entraram foram responsáveis por 887,7 mil novas vagas, sendo que 30,3% (268,6 mil) destas foram criadas no comércio.
Do total de empresas ativas em 2013 (4,8 milhões), 0,7% (33,4 mil) eram de alto crescimento, pois apresentaram aumento médio do pessoal ocupado assalariado maior a 20% ao ano, por um período de três anos, tendo pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação. Essas empresas ocuparam 14,2% (5,0 milhões) do pessoal assalariado, sendo que a atividade construção foi a que apresentou maior proporção de assalariados em empresas de alto crescimento (28,1%).
Esses são alguns dos resultados do estudo Demografia das Empresas 2013, que, com base nas informações do Cadastro Central de Empresas – CEMPRE, permite analisar a dinâmica empresarial através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência das empresas no mercado, pessoal ocupado assalariado, estatísticas das empresas de alto crescimento e gazelas (empresas de alto crescimento com até oito anos de idade no ano de referência) além de indicadores relativos às unidades locais das empresas e atividades. Veja a publicação completa aqui.
Do total de 694,5 mil empresas que nasceram em 2009, 536,6 mil (77,3%) permaneceram ativas em 2010, 452,5 mil (65,2%) sobreviveram até 2011, 387,4 mil até 2012 (55,8%) e 329,9 mil (47,5%) continuaram no mercado até 2013. Ou seja, após quatro anos da entrada no mercado, mais da metade das empresas não sobreviveram. 
Observou-se também uma relação direta com o porte: após quatro anos da entrada no mercado, a sobrevivência das empresas sem pessoal ocupado assalariado foi de 40,9%, enquanto na faixa de 1 a 9 foi de 69,1% e de 10 ou mais foi de 76,7%. Empresas maiores tendem a apresentar taxas mais altas de sobrevivência. Nas faixas menores existem grandes movimentos de entrada e saída e consequentemente taxas mais baixas de sobrevivência.
Nesse período, as seções de atividades que apresentaram as mais altas taxas de sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais (61,6%), atividades imobiliárias (58,9%) e atividades profissionais, científicas e técnicas (54,9%).
IBGE

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