“As condições climáticas eram favoráveis, mas chega a esta época e mais uma vez há chuvas escassas e em situações extremas nem ocorreram em alguns municípios das 4 mesorregiões do Estado. O que no início do ano era esperado com provável boa produção, isto ainda em fase de intenção ou de plantio, agora praticamente se define como ano de seca, e uma acentuada redução nos dados estimados das temporárias, com produção que já é menor que a obtida no ano passado”, observa o IBGE, em relatório divulgado para apresentar os dados.
Para cereais, leguminosas e oleaginosas, a estimativa de área plantada é de 38.047 hectares (ha), 34,22% menor do que a obtida em dezembro/2014, correspondendo em termos absolutos a – 19.796 hectares. Já no comparativo com o mês de julho, há decréscimo de 3.413 hectares ou - 8,23% dos 41.460 ha estimados no mês anterior.
No que se refere à produção, a nova previsão até este mês é de 24.349 toneladas contra as 37.504 t obtidas em 2014, ou seja, - 35.08%, e em termos absolutos correspondem a –13.155 toneladas. A produção em relação a estimativa de julho de 25.932 toneladas, se verifica agora queda de 6,10%.
Com relação à área total plantada ou a colher para todos os produtos investigados, a estimativa é de 243.877 hectares, inferior em 13,14 % à área colhida em 2014, que foi de 280.763 hectares. Em termos absolutos, isto representa uma redução de 36.886 hectares, isto para os dezoito produtos pesquisados, tanto das lavouras temporárias, e temporárias de longa duração e permanentes. As variações negativas se observam em onze dos produtos. No comparativo com o mês de julho quando se estimava uma área de 247.454 hectares, há um decréscimo de 1,45 %, ou menos 3.577 hectares.
O total da produção esperada para todos os produtos (exceto abacaxi e coco que é em mil frutos) é de 4.374.925 toneladas, contra 4.534.913 toneladas obtidas na estimativa da safra de 2014, decréscimo de 3,53 % ou 159.988 toneladas. No comparativo com o mês anterior (4.383.284 toneladas), mostra em termos absolutos que neste mês o decréscimo foi de 8.359 toneladas, ou –0,19 %.
Os dados revelam uma grande redução nas estimativas tanto de área como de produção, no comparativo com o ano de 2014.
“O efeito clima foi fator primordial para algumas áreas não serem plantadas, outras serem perdidas parcialmente ou em certos casos com perda total”, disse o IBGE. Tratando-se das lavouras temporárias de longa e as permanentes, além da questão da seca, algumas áreas plantadas com cajueiros estão sendo atacadas por pragas, principalmente a “mosca branca”, e em algumas situações sendo erradicadas e transformadas em lenha.
Esta é a sexta estimativa de 9 programadas para a safra.
TRIBUNA DO NORTE
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