O dólar está em alta desde o início desta quarta-feira e, durante a manhã, chegou a atingir 4,10 reais pela primeira vez desde setembro do ano passado. Os investidores estão incertos sobre que caminho o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, tomará na reunião desta quarta-feira, em que decidirá a nova taxa básica de juros do país.
Por volta de 13h, a moeda americana subia 0,73%, sendo negociada por 4,08 reais. Na máxima da sessão, o dólar atingiu 4,10 reais, seu maior nível antes do fechamento desde 29 de setembro, quando alcançou 4,15 reais.
"Não é só uma questão de fluxo", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao fato de que juros mais altos tendem a atrair para o Brasil recursos externos. "É também uma questão de incerteza, de não saber qual vai ser o quadro macroeconômico daqui a uma semana."
O quadro de aversão ao risco nos mercados globais, criado por mais um tombo nos preços do petróleo, também alimenta a alta da moeda americana. "Prevalece a aversão a risco nos mercados internacionais. O petróleo não para de cair e todo alívio tem se mostrado temporário", disse o operador da corretora Correparti Guilherme França Esquelbek.
O petróleo nos Estados Unidos atingiu sua menor cotação desde 2003, refletindo a sobreoferta nos mercados globais e expectativas de demanda fraca diante da fraqueza no crescimento econômico global.
O recuo da commodity arrastou consigo as bolsas chinesas, ofuscando expectativas de estímulos econômicos. Preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo também vêm contribuindo para a apreensão nos mercados globais.
O BC brasileiro realizou nesta manhã mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 7,329 bilhões de dólares, ou cerca de 70% do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.
(Com agência Reuters) - VEJA
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Aposto numa elevação da taxa básica de juros, pois a taxa de inflação em janeiro se aproximará de 12% (ao ano) e quanto mais a taxa de inflação se aproximar da taxa de juros menos atraentes serão os títulos do governo.
Vai causar mais recessão? Vai, mas no cenário econômico, com elevada incerteza no mercado, fuga de dólares, elevada inflação, tem-se que a margem do BC é cada vez mais restrita ao manuseio da taxa de juros.
Aguarde-se!
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Atualizando em 21-01-2016
O COPOM manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano. O mercado esperava, por sinalização do BC, uma elevação de 0,5%.
O desdobramento: "O dólar opera em forte alta em relação ao real nesta quinta-feira (21), após a decisão do Copom de manter os juros em 14,25% ao ano. Diante das preocupações com o crescimento da China e com a queda do petróleo, os mercados também buscam investimentos considerados mais seguros, como o dólar, ajudando a impulsionar a cotação da moeda. Na véspera, a divisa fechou acima de R$ 4,10, após chegar a R$ 4,12.
"(A manutenção da Selic) é um baque na credibilidade do BC. É o pior dos mundos: o mercado questiona a autonomia do BC e as expectativas de inflação pioram", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
Além de piorar as perspectivas para o fluxo de capitais ao Brasil, a decisão turbinou as incertezas nos mercados locais, que até o início da semana apostavam em elevação de 0,50 ponto percentual." (G1)
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Atualizando em 21-01-2016
O COPOM manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano. O mercado esperava, por sinalização do BC, uma elevação de 0,5%.
O desdobramento: "O dólar opera em forte alta em relação ao real nesta quinta-feira (21), após a decisão do Copom de manter os juros em 14,25% ao ano. Diante das preocupações com o crescimento da China e com a queda do petróleo, os mercados também buscam investimentos considerados mais seguros, como o dólar, ajudando a impulsionar a cotação da moeda. Na véspera, a divisa fechou acima de R$ 4,10, após chegar a R$ 4,12.
"(A manutenção da Selic) é um baque na credibilidade do BC. É o pior dos mundos: o mercado questiona a autonomia do BC e as expectativas de inflação pioram", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
Além de piorar as perspectivas para o fluxo de capitais ao Brasil, a decisão turbinou as incertezas nos mercados locais, que até o início da semana apostavam em elevação de 0,50 ponto percentual." (G1)
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