domingo, 28 de fevereiro de 2016

SEGURANÇA PÚBLICA: Bate e volta (deputado Galeno versus Soldado Tony)

A Segurança Pública voltou a ser tema de pronunciamento na Assembleia Legislativa. Em sessão plenária na quinta-feira (25), o deputado Galeno Torquato (PSD) fez uma série de sugestões ao Governo do Estado visando o reforço do policiamento no interior do Estado, sobretudo no Alto Oeste.
De acordo com o parlamentar, a recente mudança na escala de serviço dos policiais militares tem tornando a segurança mais vulnerável.
“Em razão de uma portaria do Comando Geral da Polícia Militar, de outubro do ano passado, modificando as escalas de serviço, os municípios menores que antes contavam em suas unidades com no máximo três policiais de plantão, em escala de 24 horas de trabalho por 48 horas de folga, hoje apresentam apenas um policial no plantão, trabalhando em regime de 24 horas por 72 horas, contribuindo para a escalada da violência na região”, disse Galeno.
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“O deputado não conhece a realidade e a necessidade dos policiais militares do Rio Grande do Norte, sobretudo da região Oeste”. Esse foi o tom inicial da entrevista, na tarde de ontem, 26, ao jornal O Mossoroense, concedida pelo presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar (Apram), Soldado Tony.
O representante dos praças reagiu com indignação as sugestões feitas pelo deputado estadual Galeno Torquato (PSD), durante seu pronunciamento na sessão plenária da Assembleia Legislativa, na quinta-feira, passada.
Na ocasião, o parlamentar fez uma série de sugestões ao Governo do Estado propondo mudança na escala de serviço dos policiais militares, entre elas a redução nas horas de folga dos militares.
De acordo com o Soldado Tony, o problema da insegurança do RN, sobretudo da região Oeste, não está na redução da folga dos policiais militares e sim em investimentos e adequações de melhorias na estrutura da PM, que tem feito o seu trabalho, mesmo com as dificuldades que enfrenta.
“Não se investe explorando o policial militar, sacrificando sua carga horária de trabalho. Os investimentos na segurança pública tem que serem feitos aumentando o efetivo, com concurso público. Com investimento em cursos e armas adequadas para o serviço diário. Com valorização do profissional e não com exploração desumana”, disse.
O representante da Apram explicou ainda que a Polícia Militar tem carga horária de trabalho superior a outras instituições da segurança pública. “O policial militar tem uma carga horária de 186 horas mês, superior, por exemplo, a Polícia Civil que tem 160 e aos agentes penitenciários, que também tem um regime de trabalho de 160 horas por mês”, conclui.

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