segunda-feira, 7 de março de 2016

ALRN: EZEQUIEL DIZ QUE SABIA DE EXCESSOS DE CARGOS E MESMO ASSIM CRIOU MAIS 44?

Matéria do G1-RN destaca que o presidente da ALRN sabia que existiam cargos comissionados em excesso:

"Sim, [a Assembleia] já sabia que tinha excesso e estava cruzando informações em outubro do ano passado. Solicitei ao Tribunal de Contas o cruzamento de informações para ver quem tinha mais de um vínculo. Recebi, no dia 23 de dezembro, a informação. Identificamos 296 funcionários. A partir daí, fizemos uma comissão, que está investigando caso a caso", declarou em entrevista à Inter TV Cabugi.

Ezequiel, como todos sabem, não é um novato na Assembleia, não está no primeiro mandato, não consta que seja um alienado para não saber do que se passou em seu ambiente de trabalho. Não poderia declarar que "não sabia de nada".

Também não constam declarações de Ezequiel ao longo de seus mandatos fazendo alertas sobre o excesso de cargos comissionados. Nem dele, nem de nenhum outro. 

A informação de que estava cruzando dados é irrelevante para saber o quantitativo de cargos, exceto se considerarmos a possibilidade de total descontrole. Não saber o número de cargos, desde o início da gestão, é o cúmulo do absurdo e repito: não consta que Ezequiel seja um completo alienado.

Assim, é plausível considerar que Ezequiel (e o demais) sempre soube do excesso. Mas porque não tomou providências imediatas?

Mais um trecho da matéria:
O presidente informou que, assim que assumiu a Assembleia, foi feito um planejamento estratégico que identificou 36 pontos. "Sou presidente há um ano. Esse trabalho tem 36 itens a serem executados e ele está, passo a passo, sendo executado", disse. O deputado explicou que a decisão de exoneração dos quase 700 cargos comissionados não poderia ter sido tomada antes por causa das investigações. "Foi feito um levantamento de caso a caso para chegarmos a esse número, que é um número expressivo que será aumentado", informou.

Ezequiel tem feito repetidas referências ao "Plano de Planejamento Estratégico", com 36 pontos, mas nenhum meio de comunicação pediu acesso a tal "Plano" e a ALRN não divulgou. 

De acordo com a "argumentação" do presidente foi necessário investigar caso a caso para se concluir pela exoneração de parte dos comissionados.

Isso significa que a Assembleia dispõe de minucioso levantamento sobre a situação individual dos servidores. A imprensa ainda não pediu acesso ao levantamento.

A publicação do "Plano de Planejamento Estratégico", com 36 pontos é indispensável.

A publicação do levantamento sobre a situação individual de cada servidor é INDISPENSÁVEL.

As declarações do presidente são extremamente relevantes e não permitem dúvida sobre a responsabilidade que recai nos ombros do parlamentar.

As exonerações não foram realizadas pelo excesso de cargos, mas a partir de INVESTIGAÇÕES individualizadas dos casos. 

Nenhum caso investigado sugere a tomada de medidas mais enérgicas?

A responsabilidade não pode ser transferida, pois o próprio presidente declarou que exonerou os cargos a partir da investigação realizada.

Outra dúvida: porque o presidente Ezequiel criou mais 44 cargos comissionados em sua gestão?

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