Nota Técnica que será apresentada no Rio de Janeiro traz o perfil das vítimas de violência no Brasil, com dados por região, UFs, microrregiões, gênero e idade
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta nesta terça-feira, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Atlas da Violência 2016. A Nota Técnica analisa os números mais atuais sobre a evolução dos homicídios por macrorregiões, unidades da federação e microrregiões, em decorrência de armas de fogo, por violência policial, e sobre os homicídios de afrodescendentes, mulheres e jovens.
A apresentação terá início às 10h, na representação do Ipea no Rio de Janeiro (auditório do décimo andar da Avenida Presidente Antônio Carlos, 51, Centro). Os dados serão explicados por Daniel Cerqueira, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto, e por Olaya Hanashiro, coordenadora de Projetos do FBSP.
Alguns
achados:
Apenas em
2014, segundo os registros do Ministério da Saúde, 59.627 pessoas sofreram
homicídio no Brasil.
No
Nordeste a taxa de homicídios cresce desde 2004, ano após ano, e a região já é
a que tem a maior taxa do país.
O RN foi
o estado que apresentou a maior variação para o período (2004-2014), a taxa de
homicídios cresceu 308,1%. Em 2014, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes
foi de 46,2, tornando-se a quarta maior do país. Em 2004 ocorreram 342
homicídios e em 2014 foram 1.576.
Em 2014,
o RN não teve nenhuma microrregião entre as vinte mais pacíficas do país, por
outro lado, teve três entre as vinte mais violentas: Macaíba (a 5ª mais
violenta do país), Mossoró (9ª) e Natal (16ª).
No mesmo
período, o RN não teve nenhum microrregião entre as vinte que mais reduziram a
violência e uma entre as vinte com maior aumento na taxa de homicídio: Serra de
Santana (7ª microrregião do país com maior aumento na taxa de homicídios).
O RN
apresentou o maior crescimento da taxa de homicídios entre a população jovem no
país. De 2004 para 2014 a taxa de homicídios na população entre 15 e 29 anos
cresceu 450,8%. A taxa de homicídio para a população da faixa etária foi a
terceira maior do país, 109,1 por 100 mil habitantes, em 2014. Quando se
considera apenas a população jovem (entre 15 e 29 anos) a taxa foi de 205,1 por 100 mil habitantes, em 2014.
No Rio
Grande do Norte a taxa de vitimização de negros aumentou 388,8% no período de
2004 a 2014. A Taxa de homicídios por 100 mil habitantes Negros, em 2014,
foi de 63,5, a segunda maior do país.
No Rio
Grande do Norte a taxa de vitimização de mulheres aumentou 390,5% no período de 2004 a 2014. O
maior crescimento do país.
No Rio
Grande do Norte o número de homicídios por arma de fogo cresceu 296,5% no
período de 2003 a 2014.
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