segunda-feira, 4 de abril de 2016

PORTALEGRE: Hospital ou Centro Administrativo?

A prefeitura de Portalegre, através da secretaria municipal de Saúde, repassa recursos para a APAMIM - Maternidade. A SMS vem celebrando convênios com a Maternidade já faz alguns anos.

Em 2016 repassará R$ 300 mil (PORTALEGRE: PREFEITURA REPASSARÁ R$ 300 MIL PARA A MATERNIDADE EM 2016). Mesmo assim continuam as reclamações da população pela falta de atendimento médico, principalmente nos finais de semana. Não é possível saber se existe no convênio alguma obrigação para a Maternidade prestar atendimento nos finais de semana.

A prefeitura vem reiteradamente contratando veículos comuns para o transporte de pacientes, inclusive sem o acompanhamento de profissionais da área. Procedimento, no mínimo, arriscado e com custo significativo.

PORTALEGRE: PREFEITURA GASTARÁ ATÉ R$ 233.676,00 EM 2016 COM ALUGUEL DE CARROS PARA TRANSPORTAR PACIENTES.

PORTALEGRE: PREFEITURA CONTRATOU VEÍCULOS COMUNS PARA TRANSPORTAR USUÁRIOS DO SUS, INCLUSIVE EM SITUAÇÃO DE URGÊNCIA (2015)

PORTALEGRE: PREFEITO HOMOLOGOU LICITAÇÃO PARA LOCAÇÃO DE VEÍCULOS, INCLUSIVE PARA CONTRATAÇÃO DE VEICULO PARA TRANSPORTE DE PACIENTES EMERGENCIAIS (É UMA AMBULÂNCIA?) (2014)


Portalegre não consegue organizar o atendimento, principalmente nos finais de semana, como já faz as administrações de Viçosa e Riacho da Cruz e é provável que a explicação se relacione com o baixo gasto per capita em relação aos demais municípios da Comarca.

Dos municípios que compõem a Comarca: Taboleiro Grande, Viçosa, Riacho da Cruz e Portalegre, tem-se que o menor gasto por habitante, na área da saúde, em 2014, foi do município serrano, com apenas R$ 402,59 e o que mais gastou com saúde foi o de Viçosa, com R$ 1.315,13.

Em relação ao Índice de Desenvolvimento o município de Portalegre despencou no primeiro ano da atual gestão. Em 2013 o município de Portalegre só não conseguiu ser pior do que Antônio Martins e Governador Dix-Sept Rosado, conforme levantamento realizado pela FIRJAN (PORTALEGRE: O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DESPENCOU EM PRIMEIRO ANO DA GESTÃO DE NETO). A piora no indicador da saúde contribuiu para a posição vexatória da administração municipal.

É evidente que a gestão atual tem recursos suficientes para investir mais no setor, mas a prioridade é outra.

Por exemplo, a gestão resolveu investir quase R$ 1 milhão de reais na reforma e ampliação de uma obra que se encontra paralisada a mais de duas décadas.

A obra foi projetada para ser um Hospital, mas a atual gestão resolveu adaptá-la para erguer um novo Centro Administrativo.

Não tenho nada contra o prefeito e seus assessores desfrutarem de gabinetes novos, instalações confortáveis e modernas.

Poderia ter concluído o Hospital? Sim, mas escolheu gabinetes novos. O dinheiro que é repassado para a Maternidade (entidade privada) poderia ajudar no custeio do Hospital? Sim. A ruma de dinheiro gasto para contratar transportes comuns para servirem de ambulância poderia ajudar no custeio do Hospital? Sim. As mães portalegrenses poderiam dispor de um Hospital para os portalegrenses nascerem em Portalegre? Sim.

Mas aí não existiriam gabinetes novinhos e confortáveis para o prefeito e seus cargos comissionados.

Faz vinte anos que o atual grupo político comanda Portalegre, mas o retrovisor é sempre o culpado pelos problemas existentes.

Talvez se observassem com mais atenção as escolhas realizadas nos últimos anos e os indicadores da saúde...

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