quarta-feira, 11 de maio de 2016

O IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

Na primeira parte dos discursos dos senadores na sessão que decide se aceita ou não a abertura do julgamento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), os governistas só tiveram derrotas. 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou todos os recursos da base de Dilma para adiar a votação. Os senadores governistas ganharam tempo, conseguindo atrasar em uma hora o início dos discursos.
Quando a senadora Ana Amélia (PP-RS) subiu à tribuna, às 11h18, os dissabores continuaram, com falas apenas de senadores da oposição.
Ana Amélia falou dos supostos crimes de responsabilidade cometidos por Dilma, as chamadas pedaladas fiscais, e seus impactos na vida dos brasileiros. Ela citou especificamente o desemprego hoje vigente no Brasil, que soma 11 milhões de brasileiros no primeiro trimestre do ano, segundo o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Também discursaram e já manifestaram seu voto pelo impeachment os senadores José Medeiros (PSD-TO), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO).
Marta afirmou que o governo Dilma "comprometeu irresponsavelmente as finanças públicas" e que parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) mostrou que "há indícios mais do que suficientes que permitem o juízo jurídico". "Aqui, cabe também fazer o juízo político", completou.
Por sua vez, Ataídes Oliveira, o último a falar pela manhã, aproveitou para mandar um recado a Michel Temer (PMDB), que assume o cargo de presidente da República no caso de a maioria dos senadores (41 votos) votar nesta quarta a favor da denúncia: "Não decepcione o povo brasileiro".
Em seus discursos na tribuna, todos os senadores se concentraram em questões técnicas ou políticas para justificar sua posição e encaminhar seu voto. Não houve manifestações pessoais. São 68 senadores inscritos para falar na sessão. Portanto, ainda faltam 63. 
UOL

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