A matéria a seguir 'tenta' explicar o esfolamento do FUNFIR. A tarefa é árdua, mas a mídia pró-governo se esforça. A 'explicação' é do tucano José Dias.
O deputado diz que não autorizaram o esfolamento total, mas parcial, coisa de mais ou menos R$ 65 milhões. Ao final a tungada se aproximará de R$ 1 bilhão.
Zé é milionário. Jamais precisará de aposentadoria do IPERN, nem seus familiares de pensão. Para ele não faz a mínima diferença se o dinheiro que foi sacado tenha sido descontado do salários dos servidores públicos. Não faz diferença que pertença a terceiros (não ao governo). Não faz diferença que tenha sido criado por Lei com um propósito específico. Isso tudo é irrelevante para Zé.
Comento em azul.
O deputado estadual José Dias (PSDB) explicou ao Blog que a matéria aprovada ontem na Assembleia Legislativa não autoriza o governo a sacar 300 milhões do fundo penitenciário.
Não sei se os deputados transformaram o Fundo do IPERN, em penitenciário... Afinal, não existem limites para a turma.
Sequer raspa o tacho, como se diz.
Segundo Dias, o saldo de hoje do fundo previdenciário é de 307 milhões, 840 mil, 939 reais e 98 centavos.
E o que os deputados aprovaram?
Um saque agora de 11 milhões, 763 mil, 667 reais e 57 centavos, e outro, no dia primeiro de janeiro de 2017, de 51 milhões, 958 mil, e 500 reais.
Na conta do polêmico Funfir ainda restarão, depois dos dois saques, em valores de hoje, 244 milhões, 118 mil, 772 reais e 41 centavos, que não tem autorização para saque.
Como se sabe o FUNFIR não é polêmico. Já a ação do governo e dos deputados também não se deve nominá-las de polêmicas. O nome é outro.
“Isso é um empréstimo e o Estado está obrigado a devolver”, afirmou Zé Dias, afirmando que o Rio Grande do Norte deve hoje, 10 vezes mais do que poderia dever, por lei.
Informação importante. Não sabia que o Banco Central tinha habilitado o Instituto de Previdência potiguar para emprestar dinheiro. E já que é empréstimo, certamente, o governo pagará juros. O deputado poderia esclarecer a taxa de juro que remunerá o capital emprestado?
“Agora o que acontece é que se faz uma campanha dizendo que os funcionários vão ser prejudicados, mas o dinheiro sacado é para pagar a eles mesmos. Do fundo, só os aposentados e pensionistas. Mas na hora que se paga a eles, o cofre do Estado fica desafogando para pagar os ativos. Então os aposentados estão emprestando um dinheiro para pagar a eles mesmos”, declarou José Dias, chamando atenção ainda para um debate político de oposição em torno do assunto.
Não existe nenhum debate de oposição. Existe mesmo é uma operação desastrosa para o IPERN. Onde já se viu um negócio desse: pagar os aposentados com dinheiro 'emprestado' pelos próprios aposentados?
“O que há é uma minoria ruidosa fazendo essa guerra toda porque se o Estado não pagar aos servidores, o Governo estará liquidado. Mas liquidado mesmo estará o funcionalismo. O problema é que quem está fazendo essa guerra, não está preocupado com os funcionários públicos. Estão usando os funcionários como bucha de canhão.
O mesmo deputado que agora taxa os críticos do esfolamento do FUNFIR de 'minoria ruidosa' fez muitos ruídos quando o governo de Robinson negociou a antecipação de recursos do Banco do Brasil (AQUI). Zé criticou uma operação administrativa do governo, mas não enxerga 'nada demais' num 'empréstimo', sem taxa de juro ou correção monetária (ou seja, com 100% de certeza de perdas), ao Instituto de Previdência (que não pode emprestar dinheiro).
Quem usa e abusa do servidor como 'bucha' é mais do que conhecido...
Para o deputado do PSDB, “a situação é difícil, absurda, e os responsáveis por isso deveriam responder por isso. As pessoas que estão fazendo essa guerra são as mesmas pessoas que não querem que o governo pague ao funcionalismo”, disse Dias.
Taí uma coisa certa: TODOS os responsáveis por tal 'empréstimo' deveriam ser punidos rigorosamente, mas o tucano quer punir aqueles que criticam a 'operação'. É o 'espírito' democrático falando mais alto. Quer calar os pouquíssimos críticos de tão absurda 'coisa'...
Questionado sobre a identidade dessas pessoas, o parlamentar deixou bem claro tratar-se de ex-governadores.
blog Thaisa Galvão
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