O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nordestino atingiu R$ 399,4 bilhões em junho último, observando-se um recuo de 0,37% em relação a maio e avanço de 1,84% no confronto com junho de 2015.
A situação do crédito no Nordeste é de declínio nos últimos seis meses, embora em maio tenha ensaiado uma pequena reação que não se confirmou no mês seguinte.
As operações de crédito na região encerraram 2015 totalizando R$ 404.812 milhões, mas perderam fôlego nos quatro meses seguintes. Em maio, voltou a subir, para R$ 400,8 bilhões, para em seguida declinar novamente.
De qualquer maneira, o panorama regional superou o observado no país como um todo, cujo estoque de crédito atingiu R$ 3.130 bilhões no final de junho, com redução de 0,5% sobre o mês anterior e aumento de 1% no período de 12 meses. A tabela abaixo mostra como as operações evoluíram nos últimos quatro anos, no Nordeste.
Distribuição e qualidade do crédito
Conforme os dados do Bacen em âmbito nacional. o saldo de operações com pessoas físicas totalizou R$ 1.531 bilhões (+0,3% no mês) enquanto a carteira de pessoas jurídicas diminuiu 1,3% para R$ 1.600 bilhões.
No caso do Nordeste, a situação se inverte, com preponderância da carteira de pessoas físicas (R$ 235,7 bilhões, aumento de 0,5% sobre maio) sobre a de pessoas jurídicas (R$ 162,6 bilhões, queda de 1,6%).
De outra parte, a leve desaceleração do crédito se fez acompanhar de um pequeno declínio na taxa geral de inadimplência (definida pela proporção das operações em atraso superior a 90 dias sobre o valor total). Esse índice, no Nordeste, era de 4,62% em maio e caiu para 4,37%, em junho, mas mesmo assim maior que a registrada em dezembro/2015 (4,26%) e acima da média nacional (3,5%).
No acumulado anual, entretanto, houve uma elevação dessa variável, de 3,71% em junho de 2015 para 4,37%. Considerados os últimos quatro anos, o quadro registrou decréscimos entre junho de 2012 (4,21%) e junho de 2015 (3,71%), voltando a subir no primeiro semestre deste ano.
A inadimplência em junho foi maior entre as pessoas físicas (4,72%) do que nas empresas (3,85%) tanto no Nordeste quanto no Brasil como um todo (4% e 3%, respectivamente).
Agência Prodetec
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