Publicado em 07-01-2019
A 'crise' fisco-financeira em que o governo potiguar se encontra foi 'construída' ao longo de muito tempo. Foram muitos os 'arquitetos' do caos:
Felizmente não temos terremotos, vulcões, furacões ou outros desastres naturais extremos, mas temos um desastre tão extremo quanto os naturais: A ELITE que comanda o RN é sanguinária. Ceifa vidas. Destrói o futuro. (AQUI)
A destruição da capacidade estatal é a faceta, agora bem visível, de um longo processo que carreou vultosas somas de recursos públicos para os bolsos privados.
Não me refiro apenas ao recebimento de propinas, mas a algo mais profundo e sistemático: é uma espécie de pilhagem continuada e muito bem instrumentalizada.
Isenções, conluios, apadrinhamentos, fisiologismo, corrupção, negligências, omissões... É um colosso!
Isenções, conluios, apadrinhamentos, fisiologismo, corrupção, negligências, omissões... É um colosso!
Não creio que seja possível eliminar tais circunstâncias completamente. Nenhum governo conseguirá eliminar, mas é possível reduzir os danos.
Para a crise não é possível encontrar soluções na ortodoxia econômica, posto que, por mais draconiano que seja o 'ajuste' fiscal não conseguirá desmantelar a 'estrutura' montada ao longo de décadas para rapinar o erário.
A cantilena que o remédio tem que ser muito amargo e com dosagem elevada para resolver o problema é uma falácia. Esse tipo de 'leitura' serve para legitimação e responsabilização das poucas conquistas sociais (num dos países mais desiguais do planeta) como causadores da derrocada fiscal.
O problema principal não será resolvido com a mesmice. O tal 'pacto' proposto pelas forças mais conservadoras do RN como o único caminho para 'adequar o RN' é a mais pura lorota.
A fala do presidente da Assembleia Legislativa sobre "projetos e outras iniciativas conjuntas" para enfrentar o caos fiscal é o convite para fazer mais uma operação estética e assim manter a 'estrutura' preservada.
Receio que a lipoescultura desejada (a 'gordura' será drenada do osso do servidor público e do contribuinte) pelo 'establishment' passa pela reeleição para a presidência da Casa Legislativa, tendo-se como contrapartida a facilitação de tramitação de propostas do 'ajuste fiscal'. Melhor ainda se o 'ajuste' for no trilho da ortodoxia (cortes de despesas, mais receitas...).
Assim, o 'establishment' preserva a 'estrutura' existente (o verdadeiro problema) através de uma 'aliança' circunstancial, lança um governo popular no confronto com a base que garantiu a eleição e prepara o terreno para retornar ao controle político do estado (eis o que chamo de casamento de jacaré com cobra d'água).
O aparato burocrático potiguar foi capturado e serve aos propósitos de uma elite sanguinária e é evidente que nenhum 'ajuste' modificará o quadro.
Assim, o 'establishment' preserva a 'estrutura' existente (o verdadeiro problema) através de uma 'aliança' circunstancial, lança um governo popular no confronto com a base que garantiu a eleição e prepara o terreno para retornar ao controle político do estado (eis o que chamo de casamento de jacaré com cobra d'água).
O aparato burocrático potiguar foi capturado e serve aos propósitos de uma elite sanguinária e é evidente que nenhum 'ajuste' modificará o quadro.
Não existe uma receita pronta para lançar mão e resolver um problema que é estrutural, mas considero que os primeiros sinais emitidos pelo governo foram desalentadores (entrega de cargos até para adversários históricos, pactuação com o 'establishment', apoiar medidas recessivas...).
Como não existe ambiente para experiências mais radicais, que tal focarem na melhoria da gestão governamental? Que tal buscarem o 'ajuste' reduzido a '$eiva' que alimenta a estrutura?
Como não existe ambiente para experiências mais radicais, que tal focarem na melhoria da gestão governamental? Que tal buscarem o 'ajuste' reduzido a '$eiva' que alimenta a estrutura?
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