PUBLICADO EM 24-01-2019
Governadora Fátima Bezerra não tenha receio do seu histórico envolvimento com os movimentos sociais. Este aspecto faz parte de sua biografia.
Não pense que espezinhar um pouco mais o servidor público potiguar lhe trará algum dividendo político, nem simpatia sincera dos defensores de um arrocho ainda maior no garguelo do servidor público.
O Decreto que suspendia o gozo e o pagamento de licença prêmio foi um grande equívoco, pois exigia mais sacrifícios daqueles que já vêm contribuindo e muito com o esforço fiscal.
Explico.
Os governos de Rosalba e Robinson, apoiados pela Assembleia Legislativa, utilizaram praticamente todos os recursos do FUNFIR, algo em torno de R$ 1 bilhão (recursos pertencentes ao fundo de capitalização dos servidores públicos que ingressaram no serviço público após 2003).
Mais recentemente foi divulgado que o montante devido em salários atrasados é mais de R$ 1 bilhão (aqui).
Inúmeras categorias já acumulam significativas perdas salariais, pois nem a reposição da inflação tem sido feita pelos governantes.
Inúmeros setores da Administração Pública do RN trabalham com um contingente bem menor do que o necessário para o bom funcionamento dos órgãos, resultando em sobrecarga de trabalho para muitas categorias.
Ressalte-se também que muitos servidores trabalham sem as condições adequadas, com insuficiência e/ou ausência de insumos, pressionados por uma demanda social crescente e, quase sempre, comandados por chefes indicados por políticos, cujos interesses se sobrepõem e contrariam o interesse público.
Mesmo com tanto sacrifício dos servidores públicos alguns representantes da mídia (exemplo: aqui) tentam culpar o segmento pelo caos fiscal.
Essa lorota tem um propósito: desviar o foco da população dos verdadeiros ralos de dinheiro público que existem no RN.
Desejam passar para a população que a situação continuará crítica por 'intransigência' dos servidores públicos. Mentem.
Desejam afastar um governo nitidamente popular de sua base de sustentação e assim colocá-lo a mercê do establishment.
A elite sanguinária que arrombou o RN não medirá esforços para continuar mamando no erário público.
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