Conhecer mais adequadamente o complexo geográfico e social dos
sertões secos e fixar os atributos, as limitações e as capacidades dos seus
espaços ecológicos nos parece uma espécie de exercício de brasilidade, o
germe mesmo de uma desesperada busca de soluções para uma das regiões
socialmente mais dramáticas das Américas.
O Nordeste seco possui uma
área total da ordem de 700 mil km², onde vivem 23 milhões de brasileiros
– entre os quais, quatro milhões de camponeses sem terra – marcados por
uma relação telúrica com a rusticidade física e ecológica dos sertões, sob
uma estrutura agrária particularmente perversa.
É uma das regiões semiáridas mais povoadas entre todas as terras secas existentes nos trópicos ou
entre os trópicos, segundo uma apreciação de Jean Dresch (comunicação
oral).
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