quarta-feira, 6 de novembro de 2019

EVOLUÇÃO RECENTE DO TERCIÁRIO (SERVIÇOS) NO BRASIL

Esta tese trata de questões referentes ao papel de determinados serviços no desenvolvimento econômico. No caso da experiência brasileira, o desenvolvimento do Terciário no contexto da recente reestruturação econômica teve participação importante. 

Na década de 1990 a economia nacional foi palco de grandes transformações, nas quais alguns serviços reestruturados e/ou “modernizados” e mais dinâmicos permitiram maior agilidade econômica. O reordenamento da economia nacional e as novas formas de inter-relacionamento setorial vêm exercendo efeitos sobre a localização de muitas atividades econômicas, abrindo novas janelas de oportunidade. 

Temia-se que essas transformações levassem à “desindustrialização” e uma concentração do PIB e das ocupações nas macro-regiões e nos estados mais desenvolvidos (notadamente os que apresentam as maiores estruturas industriais). Mas a análise dos dados sobre o crescimento do PIB no Brasil nos leva a crer numa forte interdependência dos serviços com o desempenho da Indústria e da Agricultura. 

Não há elementos suficientes para afirmar que tenha havido uma autonomização apontando um rearranjo no qual o Terciário passe a ditar a dinâmica do desenvolvimento econômico. A evolução das ocupações mostra um crescimento maior justamente de serviços distributivos e produtivos, fortemente influenciados pelas atividades produtivas industriais e agroindustriais. Mesmo que se trate de uma estratégia de redução de custos frente à elevada tributação da folha de pagamento, isso não afasta as evidências de que a sinergia de determinados serviços com outros setores da economia não tenha aumentado consideravelmente nas duas últimas décadas. 
Quanto à concentração regional foi possível constatar uma redistribuição do PIB (IBGE) e das ocupações (PNAD/IBGE) em direção das macrorregiões periféricas. O papel dos setores recentemente reestruturados do Terciário nacional nesse processo é o objeto de estudo dessa tese. 

Esses setores fortaleceram seu poder de influir no desenvolvimento econômico setorial e regional do Brasil. Mas mesmo esses setores tendo aumentado sua contribuição ao crescimento do PIB do Brasil, este aumento foi pequeno perto do aumento das ocupações (PNAD) nos grupos de apoio a produção a que pertencem (serviços distributivos e serviços produtivos) e o aumento das ocupações nos setores tradicionais foi muito elevado (serviços coletivos e serviços pessoais). 

Palavras-chave: Setor Serviços (Economia), Brasil, Produto interno bruto, Ocupações

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