Dossiê: Gênero, diversidade sexual e Políticas Públicas
Organizadores:
Dr. Murilo Cavagnoli, Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Unochapecó;
Doutorando Lucas Guerra, Universidade Federal do Mato Grosso, UFMT;
Doutorando Juliano Luiz Fossá, Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Unochapecó;
Cronograma:
Submissões: Até 31/03/2021;
Previsão de Publicação: Agosto de 2021 - Edição Grifos volume 30, número 53, set/dez 2021;
Informações e Normas Editorias:
http://pegasus.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/grifos
Discussão e Temática:
Ser lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual, intersexual, entre outras formas de entendimentos de si enquanto espectro de orientação sexual e identidade de gênero, compõe campo de luta social que tem se organizado enquanto Movimento LGBTI+, ou mesmo movimentos de pautas específicas, como associações e organizações de pessoas trans, intersexo, entre outras. Suas lutas, baseadas em uma diversidade de compreensões que extrapolam as possibilidades unilaterais de ser e existir, abarcam interseccionalidades diversas, comunicam pontos de vista teóricos distintos e sustentam um campo de debate e práxis complexo, que conecta modos de subjetivação, Estado, Políticas Públicas, comunidades, movimentos sociais e processos políticos inerentes a luta pelo direito a diferença.
A academia vem, ao longo do último meio século, qualificando e legitimando uma série de metodologias compatíveis as discussões de gênero e diversidade, desde que os estudos feministas propuseram importantes categorias científicas pelas quais se pode visibilizar e problematizar a realidade social e seus efeitos sobre vidas assujeitadas ao patriarcado ou/e que desviam de determinadas normas que se arvoram a partir de tecnologias e lógicas biopolíticas, produzindo a materialidade do gênero. Tais debates, calcados em realidades que podem ser analisadas a partir de discursos, representações, performatividades, acontecimentos e processos coletivos, bem como a partir de relatos de si em experiências divergentes, dialogam sobretudo com cenários concretos de desigualdades, ódio as diferenças e precarização da garantia de direitos de corpos femininos e/ou contrahegemônicos. A academia tem fundamental papel social na medida em que sua produção pode criar linhas de expressão e enfrentamento das desigualdades e violências produzidas pelo sistema de gênero, contribuindo para a construção de processos de subjetivação, para a criação processos políticos inclusivos na intersecção entre sociedade e estado e para a ampliação das vias que tocam estas questões.
Neste dossiê temático da Revista Grifos, periódico vinculado ao Programa de Pós-graduação em Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais da Unochapecó, o tema “Gêneros, Sexualidades e Políticas Públicas” se estabelece como legítimo para ser encampado em um veículo acadêmico, seguindo o longo histórico da Revista em publicar também pesquisas com a temática gênero e de diversidade sexual; O dossiê visa acolher e publicar artigos e ensaios que investiguem intersecções em gêneros e sexualidades na perspectiva da produção de processos políticos e no encontro com as Políticas Públicas. Desse modo, pretende-se valorar, entre outras, estratégias de pesquisa que se pautem no reconhecimento das presenças e vozes protagonistas destas experiências.
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