O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), disse nesta segunda-feira
(23) que uma possível saída da Delta das obras do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) não traria problemas para o país. Empresa com o
maior número de contratos com o governo federal, ela é acusada de
integrar o esquema do bicheiro goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira. O contraventor está preso desde fevereiro após a Polícia
Federal deflagrar a Operação Monte Carlo. Uma das obras tocadas pela
Delta é a reforma do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
“Se a Delta tiver que sair, que saia”, afirmou Tatto. De acordo com o
petista, uma possível saída da empresa não prejudicaria as obras do PAC
e nem da Copa do Mundo. Também não causaria estragos na economia. Para
ele, caso as irregularidades sejam comprovadas, outras construtoras
podem assumir os compromissos da Delta. Isso vai acontecer na reforma do
estádio do Maracanã, por exemplo. “É assim que funciona. O ideal é que
não tivesse nada.”
Dos partidos da Câmara com direito a representação na CPMI do Cachoeira, que deve ser instalada amanhã,
o PT é o único que não indicou seus representantes. São três titulares e
três suplentes. Além disso, a relatoria caberá a um petista. São
cotados nomes como do ex-líder do governo na Câmara Cândido Vaccarezza
(SP), do ex-líder do PT Paulo Teixeira (SP), do presidente da Comissão
de Constituição e Justiçca, Ricardo Berzoini (SP), e do deputado Odair
Cunha (MG). Os nomes serão divulgados amanhã após reunião da bancada.
De acordo com Tatto, devem ficar de fora da CPMI parlamentares que
estão envolvidos em outras funções, como coordenação de campanhas
municipais e candidaturas em outubro. Neste cenário, por exemplo,
ficaria de fora o deputado Vicente Cândido (PT-SP), que relatou o
projeto da Lei Geral da Copa na Casa. Ele vai coordenar a campanha de
Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. “Quem estiver envolvido na
eleição municipal não vai integrar a CPI”, explicou.
Congresso em foco
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