Mensalão - Barbosa vota
Candidato do PT a prefeito de Osasco (SP), o deputado João Paulo
Cunha amargou um primeiro revés no STF. O ministro Joaquim Barbosa,
relator do mensalão, votou pela condenação do petista. Enquadrou-o em
três crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
Concluiu que, à época em que presidiu a Câmara, João Paulo celebrou
contrato irregular com a ex-agência de Marcos Valério, a SMP&B. Em
troca, recebeu uma valeriana de R$ 50 mil. Daí a corrupção
passiva. Como o recebimento do dinheiro foi camuflado, ocorreu lavagem
de dinheiro. Do contrato com a Câmara resultaram desvios de verbas
públicas. Portanto, houve também peculato.
Barbosa continua lendo o seu voto no plenário do Supremo neste
momento. Já votou pela condenação também de Marcos Valério e dos
ex-sócios dele na SMP&B: Cristiano Paz e Ramon Hollerbach. Até aqui,
enquandrou os três no crime de corrupção ativa. Entendeu que os R$ 50
mil repassados a João Paulo foram propina.
Em sua defesa, João Paulo alegara que os R$ 50 mil nada tinham a ver
com o contrato da Câmara. Seria dinheiro repassado pelo PT para pagar
pesquisas eleitorais. Sustentara que não tinha a intenção de ocultar o
recebimento, já que incumbiu sua própria mulher de recolher os recursos
no Banco Rural.
A manifestação do relator não implica, por ora, a condenação dos
réus. Serão colhidos ainda os votos dos outros dez ministros do STF.
Prossegue a sessão do Supremo. Clicando aqui, você chega à transmissão provida pela TV Justiça, ao vivo.
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