Ascom CNC
O percentual de famílias que relataram ter alguma dívida – cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo, prestação de carro e seguro – alcançou 63% em junho de 2013, recuando em relação aos 64,3% observados em maio do mesmo ano. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da queda na comparação mensal, o número de endividados foi superior aos 57,3% observados em junho de 2012.
Já o percentual de famílias com contas em atraso recuou tanto em relação ao mês anterior como na comparação com o mesmo período de 2012. As famílias inadimplentes alcançaram 20,3% em junho de 2013, ante 21,6% em maio de 2013 e 23,2% em junho de 2012. Em junho de 2013, o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso recuou 0,3 ponto percentual em relação a maio, e a mesma variação em comparação com junho de 2012.
Segundo a economista da CNC Marianne Hanson, apesar do recuo do percentual de famílias endividadas em junho de 2013, o indicador encerrou o segundo trimestre do ano em patamar mais elevado que o observado no trimestre anterior e em igual período do ano passado. “Essa queda reflete uma moderação das famílias tanto em relação à contratação de novos empréstimos e financiamentos quanto em relação ao consumo”, disse.
A proporção das famílias que se declararam “muito endividadas” aumentou neste mês de junho pelo terceiro mês consecutivo, alcançando 12,7%, superando junho de 2012 (12,4%) e acusando a primeira alta anual desde janeiro deste ano. Para a economista da CNC, apesar da alta do percentual de famílias que têm percepção de endividamento elevado, esse indicador permaneceu em patamares baixos, quando comparado à série histórica iniciada em 2010. “A trajetória recente de queda da taxa de juros do crédito para pessoa física, o crescimento mais moderado do crédito, o perfil de endividamento mais favorável e o mercado de trabalho ainda aquecido proporcionam condições positivas para os indicadores de inadimplência”, afirma Marianne.
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