quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

OMS alertou sobre epidemia de zika nas Américas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na manhã de segunda-feira (25-01-16) que a epidemia de zika "propaga-se de maneira explosiva" nas Américas. A organização também anunciou a realização de uma reunião do comitê de emergência na próxima segunda-feira para decidir se a epidemia constitui "uma urgência de saúde pública de nível internacional". "O nível de alerta é extremamente alto para esta epidemia. Estamos preocupados com uma potencial disseminação internacional", afirmou Margaret Chan, diretora geral da OMS. 

De acordo com a organização, a estimativa é que o vírus infecte entre 3 milhões e 4 milhões de pessoas nas Américas -- 1,5 milhão só no Brasil.

Ainda nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde anunciou que vai apresentar à OMS os resultados de um estudo sobre a relação entre o zika vírus e a microcefalia. "O estudo mostrará que mulheres contaminadas pelo zika têm um índice elevado muitas vezes de desenvolver microcefalia em seus bebês", disse o chefe da delegação brasileira nas reuniões da OMS, Jarbas Barbosa.

Vacina - O desenvolvimento de um imunizante contra a doença faz parte dos trabalhos conjuntos entre Brasil e Estados Unidos. A parceria também busca estabelecer uma relação entre a microcefalia e o vírus. Após uma reunião com representantes do governo americano realizada quarta-feira em Genebra, Barbosa disse que uma vacina apenas poderia começar a ser usada em três anos, embora o prazo normal de desenvolvimento de uma vacina seja de dez anos.

Enquanto não existe vacina, o governo federal decidiu mobilizar 60% do efetivo das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) no combate ao mosquito. Os 220 mil militares participarão de ações de combate aos focos de proliferação do mosquito e campanhas de conscientização à população.

Surto - Nesta semana casos de zika foram identificados na Dinamarca e na Áustria em pacientes que haviam retornado de viagem à América Latina recentemente. A Nicarágua também registrou seus dois primeiros casos de pessoas infectadas pelo vírus. No entanto, ainda não se sabe se houve transmissão local ou se os casos são importados.

VEJA
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Recentemente o tal zika vírus entrou no radar das autoridades e logo se descobriu a relação entre o zika e explosão dos casos de microcefalia.

O alerta da OMS aponta a possibilidade de contaminação de 4 milhões de pessoas nas Américas, sendo 1,5 no Brasil.

A situação é tão preocupante que já mereceu pronunciamento do presidente Obama.

O governo francês passou a considerar a possibilidade de surtos no sul da França (Jornal da Noite - Band).

A OMS já considera a possibilidade de chegar a China e potencializar ainda o problema, afinal se trata do país mais populoso.

A situação é crítica.

O mosquito Aedes aegypti pode transmitir 4 tipos de dengue (sendo que a dengue hemorrágica pode levar à morte), a febre chikungunya, a febre amarela e o zika vírus.

O zika vírus, por enquanto, é associado a explosão dos casos de microcefalia e a pouco comentada síndrome de Guillain-Barré (distúrbio em que as células de defesa atacam o próprio corpo).

A contaminação por zika vírus durante a gestação aumenta consideravelmente a probabilidade do bebê nascer com microcefalia (menor circunferência craniana), com graus diferenciados de sequelas. Representa a diferença entre uma vida saudável ou severas limitações.

síndrome de Guillain-Barré pode ser fatal (estima-se a letalidade em 5% dos casos) e não se tem certeza do número de casos, pois não é uma doença com notificação obrigatória.

O zika vírus também pode está associado a diversas outras complicações neurológicas graves.

Ainda não se tem muita convicção sobre a ação do zika vírus no organismo, mas as reações das diversas autoridades devem servir de indicativo para a sociedade.

Já foram observados 4 tipos de dengue. O mesmo pode ocorrer com o zika vírus? E se surgirem variações do zika causarão mais sequelas? Podem ser mais agressivas? Mais letais?

Estima-se que dois terços dos americanos estejam expostos ao vírus. Não é à toa que Obama se preocupa com a situação.

Preocupe-se também e elimine os focos do mosquito transmissor.


– Charge do Duke, via O Tempo.

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