quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

PAU DOS FERROS: Radicalização ontem e hoje

Os leitores deste blog já se depararam algumas vezes com minha opinião sobre o clima de radicalização que dará o tom na campanha municipal.

Mas o clima de hostilidade não é exclusividade deste momento, aliás faz parte da rotina.

Quem esqueceu do "arranca rabo" da campanha de 2004? Os insultos e ofensas pessoais se tornaram rotina entre os cabos eleitorais e chegou aos palanques. E mesmo após a posse do prefeito Leonardo em 2005 o clima não mudou muito.

Não é preciso grande esforço de memória para relembrar a intensa fiscalização protagonizada pela bancada oposicionista, em que as visitas aos órgãos municipais ocorriam todas as semanas, com fotografias, gravações e encaminhamento até dos detalhes para o Ministério Público.

Vale um parêntese: é atribuição legal dos vereadores procederem a fiscalização e monitoramento dos atos do Poder Executivo. O aspecto que merece destaque é que nunca antes tinha ocorrido de forma tão intensa.

Pode-se dizer que a bancada da oposição atual em comparação a aguerrida oposição de outrora faz é pouco.

Também fez história o "Jornal Resenha" e o programa de rádio comandado por Jean Carlos. Todos os dias a gestão municipal era submetida a crítica firme dos apresentadores.

Pode-se dizer que a crítica a atual administração por parte de alguns blogueiros é quase 'franciscana'.

Creio que a radicalização ainda não alcançou a fervura de outrora, excetuando-se o que vem ocorrendo no Facebook, aliás isso é o prenúncio de uma campanha extremamente baixa que se avizinha. Taxar os excessos de baixarias é até elogio e ainda nem entramos na fase crítica do período de campanha.

Quem era pedra virou vidraça e vice-versa e os dois lados querem o monopólio do xingamento.

Trechos do discurso de Fabrício Torquato no dia da posse:
"Hoje tomamos posse, o prefeito, vice-prefeita e vereadores, e amanhã começamos efetivamente o primeiro dia do Exercício do nosso mandato. 

Iniciamos o governo com parte da equipe formada por nomes consagrados, que contribuíram para o progresso da cidade nos últimos quatro anos, e que também vão contribuir com suas experiências e conhecimentos na administração que se inicia. Juntam-se à equipe os novos nomes que estão chegando para somar competência e comprometimento com a gestão.

Na vida pública, a soma do jogo é sempre positiva. Vamos formar equipes competentes e permitir que as qualidades e méritos de cada um sejam reconhecidos pelo trabalho voltado ao interesse público. 
A aptidão técnica deve sempre prevalecer para que tenhamos os serviços públicos universais e igualitários previstos na Constituição.
Vamos prosseguir com um modelo administrativo que deu certo e que tem como principal característica a eficiência e o bom uso dos recursos públicos
Em meu nome, tenho certeza que em nome de toda Pau dos Ferros, presto homenagem ao homem público que em dois mandatos mudou o rumo da cidade, com a competência que fez dele um dos maiores gestores que o Rio Grande do Norte já teve, o prefeito, agora ex-prefeito, Leonardo Rêgo.
Suceder uma boa administração faz aumentar ainda mais a responsabilidade, por isso peço dedicação e empenho dos que fazem parte do Executivo: os secretários municipais, diretores, coordenadores, funcionários efetivos e comissionados em geral.

...

A eleição confere legitimidade jurídica ao governante, mas a qualidade dessa legitimidade só se mantém se o eleito corresponder às expectativas criadas
Espera-se de quem vai, um balanço positivo e de quem chega, a sinalização de que o futuro será melhor
Para isso, vamos honrar os compromissos do Programa de Governo e buscar a máxima eficiência das ações administrativas que adotaremos nos próximos quatro anos.
Como representante da Administração Municipal, faço um pacto com a sociedade para potencializar a capacidade de realização da Prefeitura. Que cada cidadão participe das decisões e realização das ações, fiscalizando-as acima de tudo.
Da minha parte, humildemente vos falo que com a minha dedicação e vontade de servir ao povo da minha cidade, o futuro de Pau dos Ferros será melhor!"

Transcrevi os trechos acima para ressaltar dois aspectos:
1º) adversário/correligionário político é algo circunstancial e o único elemento fundamental em tal relação é a luta pelo poder, portanto a prudência é a melhor atitude, principalmente, para os eleitores;
2º) as ofensas servem para machucar, mas não decidem eleições, afinal quase todos sabem xingar e a análise feita pelo eleitor, em última instância, é relativamente simples: o futuro será melhor com qual candidato?

Ademais, com tanto xingamento e nenhuma proposta é possível que parte dos eleitores considere que os dois lados têm razão.

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