O processo de urbanização
que leva à formação de novos municípios pressupõe uma diversificação das
economias locais, a qual ocorre, geralmente, a partir da atividade
agropecuária.
No entanto, vários autores
indicam a existência de uma baixa correlação entre o aumento da produtividade
na agricultura e o surgimento de atividades não-agrícolas, a ponto de alguns
sustentarem que, a partir das últimas décadas, no Brasil, o desenvolvimento da
agricultura pouco teve a ver com o desenvolvimento rural (SILVA, 2000).
Neste trabalho, elaborado a
partir de uma síntese de um estudo realizado por Silva Neto e Frantz (2005),
buscou-se explorar a hipótese de que a distribuição geográfica dos municípios
no Rio Grande do Sul reflete, em grande parte, a história do seu
desenvolvimento rural, tendo o tipo de atividade agropecuária em cada uma das
suas regiões desempenhado um papel de fundamental importância neste processo.
Nesse sentido explica-se a maior densidade de aglomerações urbanas nas regiões
de agricultura familiar do Estado, o que indica que o desenvolvimento rural
está diretamente relacionado com a agricultura, mas que esta relação depende do
tipo de agricultura.
Após uma síntese do
povoamento e da formação histórica do Rio Grande do Sul, as principais
evidências reunidas neste artigo para corroborar nossa hipótese são discutidas
em uma revisão da literatura sobre a relação entre as atividades agropecuárias
e o processo de urbanização do Estado, ilustrada por mapas da sua malha urbana
originalmente elaborados pelo Instituto Gaúcho de Reforma Agrária. Além disso,
são discutidos também alguns dados relativos à dinâmica demográfica das
diferentes regiões do Estado.
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