sábado, 6 de agosto de 2016

O secretário de Segurança Pública do RN em dois atos

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, general Ronaldo Lundgren, que enviou as declarações ao G1 por meio de sua assessoria de comunicação, “as facções que atuam no estado são grupos desorganizados e fracos, e que de forma nenhuma as forças policiais mudarão a forma de agir”. A ordem, ainda de acordo Lundgren, “é ir pra cima”. (AQUI)

Os 'grupos desorganizados e fracos' tocaram o terror RN afora e o governo potiguar pediu arrego ao governo federal para utilizar tropas do Exército.

Agora o general mira o retrovisor:

"Tudo isso que estamos passando é resultado de anos de descaso, de falta de atenção e de investimentos em segurança pública. Chegamos ao fundo do poço e agora, aos poucos, estamos começando a sair dele". É assim que o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed) define a onda de ataques criminosos que atingiu o Estado na última semana.

Após 1 ano e 8 meses do 'governo da segurança', finalmente, chegamos ao fundo do poço (ufa!).

Mais um trecho:

O secretário disse que, por mais de dois meses, foi elaborado um "plano estratégico" para conter a reação dos criminosos à instalação de bloqueadores de celular. "O Estado começou pela Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), na quinta-feira (28), a eliminar os escritórios do crime. Já nesse mesmo dia, ficamos de prontidão. Na sexta, assim que soube do ataque a um micro-ônibus em Macaíba, determinei que fosse iniciada a Operação Guardião. Essa ação, que envolve todos os órgãos de segurança pública que atuam no Rio Grande do Norte, tem por objetivo minimizar a reação dos criminosos. Avalio, após esse período, que nosso planejamento foi suficiente". (AQUI)

Passaram 'dois meses' planejando para conter a reação e após mais de 100 ataques dizer que o 'planejamento foi suficiente'... Depois de pedir ajuda ao Exército dizer que o 'planejamento foi suficiente'...

Parece que o general é mais eficaz no que faz do que no que diz... Ainda bem! Até porque é sempre possível falar menos.

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