quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

SALDO DE EMPREGOS NO RN

PUBLICADO EM 07-02-2019

SALDO DE EMPREGOS NO RN: médias e grandes empresas (segmentos preferenciais do PROADI) eliminaram mais de 12 mil postos de trabalho em 4 anos

A estatísticas de empregos, no RN, mostram um saldo acumulado de 6.127 novos empregos nos 10 primeiros meses de 2018. O setor de serviços contribuiu com 4.070 desses empregos, enquanto agropecuária e construção civil contrataram 1.541 e 1.354 empregados, respectivamente. (Boletim Sebrae-RN). 

A série de idênticos períodos, nos últimos cinco anos, mostra que os números negativos obtidos entre janeiro e julho foram superados, havendo uma tendência de crescimento. Note-se que outubro de 2018 foi responsável por 2.491 vagas de trabalho.(Boletim Sebrae-RN). 

Saldo de empregos formais (2014-2018):

Mesmo durante a crise as Microempresas tiveram desempenho positivo em todos os anos; as Empresas de Pequeno Porte apresentaram redução dos postos de trabalho em todos os anos; e as Médias e Grandes Empresas só apresentaram ampliação dos postos de emprego em 2014 (mais 1.945) e reduziram 12.216 postos de trabalho entre 2015 e 2018. (Boletim Sebrae-RN). 

Dados publicados pelo Jornal Tribuna do Norte (AQUI) indicam que o governo potiguar renuncia a cerca de R$ 330 milhões por ano, somente com o PROADI, além de R$ 214 milhões de outros programas de renúncia fiscal.

A 'coisa' passa de meio bilhão por ano.

É plausível admitir que as renúncias fiscais praticadas no RN se destinam, preponderantemente, as médias e grandes empresas. Certo?

Assim, entre 2015 e 2018, o Tesouro Potiguar renunciou a mais de R$ 2 bilhões em impostos e o grupo de empresas que, provavelmente, recebeu a maior parte das renúncias eliminou 12.216 postos de trabalho.

Segundo informações do presidente da FIERN, Amaro Sales, as empresas beneficiadas pelo PROADI seriam responsáveis por 25 mil empregos. (AQUI)

O governo potiguar já informou que não pretende acabar com o PROADI, mas fortalecê-lo. Creio que é uma atitude sensata, mas o governo tem o DEVER de fiscalizar o cumprimento das exigências, principalmente, a geração de emprego pelas empresas beneficiárias das isenções.

Também é recomendável redimensionar os incentivos para o segmento que, mesmo no momento de crise, manteve a geração de empregos: as Microempresas.

Ademais, gerar incentivos para as Microempresas e EPP,s é mais barato, tem maior alcance social e pode contribuir para a desconcentração espacial.

Boletim Sebrae-RN: AQUI

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